Deixei o bluebird sair por um momento. Não voa
desde o início dos seus tempos, sentiu sua primeira paisagem bonita; mostre o
bico, algumas penas, os globos, vá. Mostrou como quem não mostra, os olhos no
espelho e os reflexos vendo outros reflexos, mas ali ele estava: fora do tórax. E se o que viu do outro lado do espelho não passou de decepção risível, voltou
pra gaiola óssea sem arrependimentos. Perdera o medo de transbordar quando fosse
preciso e sobretudo sincero, independente do fruto podre que recebesse em
retorno de uma árvore outrora tão verde. C’est la vie, diriam. Pensei, pensou,
pensamos, chorou, até que cantou hoje no meu ouvido um negocinho na voz de
fiapo de algodão: é um outro bluebird que não sai.
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