segunda-feira, 5 de novembro de 2012

na outra esquina

Às vezes pontos antigos
apagados
que vivem na lembrança
nos papéis, como tudo que
já passou
às vezes eles voltam
te cutucam no
ombro
concretos escuros
olhos escuros
francos um no outro
voltam, na paz que
o tempo deixa
assar
na borracha dos
meses corridos
sentam ao teu lado
restabelecer risos
antigos
poéticas que não morrem
quanto tempo
se passou
tapa na cara que a gente
toma pra aprender
é o moto dos nossos negócios
tá certo
não deixo mais ratinhos
momentos passionais
destruírem toda uma
casa
não deixo mais ratinhos
virarem leões, isso pra agora
mesmo

tá certo
vida vivida
suspendo a pena

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