quisera
preencher as horas q rastejam com
pés descendo dos céus: realizar dizer q
chegamos
contribuir milionariamente com
cansaços inaudíveis vírgulas
emails baratos sedes
insaciadas manhãs
súbitas
súbitas
pretéritos
por chegar
da janela uma vista infalível
concreto q se alimita desejoso:
perigo risco de morte não
pule o muro
o expediente me come os dedos do piano
as pernas esqueço q as tenho: toneladas
pule o muro
o expediente me come os dedos do piano
as pernas esqueço q as tenho: toneladas
amar o trem q é infalível
esquecer o trem q é infalível:
desembarcam neste momento nove
centos novos passos
cansar as costas
criar calos nos ouvidos de rádio
ralho
- o céu desconhece todas estas guerras -
ralho
- o céu desconhece todas estas guerras -
assombrar-se com o ponteiro onde cabe
toda uma população de orgasmos sonos sangues
casos atos políticos
simultâneos
simultâneos
e regimes e rios q se findam
sem anúncio
já
desembarcaram cerca de quatro
mil quinhentos um passos:
e eu:
imóvel
sem anúncio
já
desembarcaram cerca de quatro
mil quinhentos um passos:
e eu:
imóvel
o ar esqueço q o faço: haja
Seu poema me comove. Me move. Trânsito, transito.
ResponderExcluirQueria deixar um registro do tanto que senti nesse poema, mas as palavras me faltaram...
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