ninguém menciona,
sozinho quando lembra
de piada e constrange
o ônibus.
da cama quando chora
ninguém ouve; ele chora
mais alto pra ver se vêm
com a ambulância.
pelas ruas do bairro
recolhem o lixo, cantam
nos bares e latem
o pulmão.
ambulância nenhuma
e se fossem mil, pra quê?
de consolo basta a aorta
e sua voz é da que
arranha
seda.
nos pratos de vidro
ele busca a redenção,
vivendo pelas negativas
a afirmação do ser.
talvez chore porque o desejo
é m a i o r que toda a realidade
do mundo.
Proibido passear sentimentos.
ResponderExcluir