quinta-feira, 28 de junho de 2012

FOLGA

É besteira
Diga o quanto quiser
Eu sei
Pode gritar
Que eu vivo de besteira
Eu vivo do nada
Do tudo
Do talvez e do nunca
Que eu canto tristeza
Para as estrelas
Que eu vejo flor
No asfalto
Que eu esqueço do chão
Eu me deito no chão
Me encanto com nuvens
E os vagalumes
Me vêem como mancha
Do céu não sou nada
Talvez não seja
Nem ela ou ele
Venha gritar
Que eu deixe de besteira
Besteira
Que nada
É o que gira
A manivela

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